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Brasil

24/04/2020 | Concebido por Goioerê

Estudo do IBGE pode ajudar no combate à Covid-19 entre indígenas e quilombolas

Estudo do IBGE pode ajudar no combate à Covid-19 entre indígenas e quilombolas

O IBGE disponibilizou nesta sexta-feira, 24, o estudo “Base de Informações Geográficas e Estatísticas sobre os Indígenas e Quilombolas para Enfrentamento à Covid-19”. O objetivo do trabalho é subsidiar o desenvolvimento de políticas e ações específicas, planos e logística para enfrentar a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, junto aos indígenas e quilombolas.

Para isso, o IBGE vai disponibilizar antecipadamente os dados de localidades da Base Territorial Censitária, que encontram-se em consolidação para o Censo Demográfico que seria realizado em 2020, mas que fora adiado para 2021 devido à pandemia do coronavírus. Juntamente com esses dados, foram disponibilizados também números provenientes do Censo Demográfico 2010 sobre a população indígena.

O IBGE salienta que os dados geográficos disponibilizados encontram-se em processo de consolidação, estando submetidos a etapas de validação em campo e em gabinete. Por isso, seu uso para o combate à Covid-19 deve levar em consideração essas limitações.

Indígenas no Paraná

Em 2010 havia 20 localidades indígenas no Paraná. A estimativa baseada nos dados em consolidação para a realização do Censo Demográfico é que em 2020 haja 72 localidades indígenas no Estado. Essas localidades estão divididas em terras Indígenas oficialmente delimitadas e definidas em setores censitários (24), agrupamentos indígenas definidos em setores censitários (42) e outras localidades indígenas (6).

O IBGE considera localidade todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado permanente de habitantes. Já os agrupamentos são o conjunto de 15 ou mais indivíduos em uma ou mais moradias contíguas (até 50 metros de distância) e que estabelecem vínculos familiares ou comunitários.

De acordo com o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE, Fernando Damasco, o aumento no número de localidades indígenas em relação aos dados de 2010 decorre do aperfeiçoamento da capacidade técnica do Instituto na identificação dessas comunidades tradicionais nos últimos anos. “Esse mapeamento dá um panorama detalhado da presença indígena nos municípios brasileiros. Ele poderá ser usado por órgãos públicos e organizações da sociedade civil nas diversas ações de enfrentamento à pandemia, já que associa dados do cadastro de localidades indígenas com informações geoespaciais e populacionais geradas a partir do Censo 2010, fornecendo informações das novas dinâmicas dessa população no território”, disse Damasco.

Os municípios do Paraná cujas estimativas apontam para os maiores números de localidades indígenas são: Guaíra, com oito localidades, Nova Laranjeiras, com sete localidades indígenas e Terra Roxa, com cinco.

Em 2010, o número de municípios no Paraná que possuíam localidades indígenas era de 24. A estimativa para 2020 é de 38 municípios.

Dados do Censo Demográfico de 2010 mostram que as etnias indígenas mais populosas no Estado são a Kaingang (10.631), Guarani Nhandeva (2.522) e a etnia Guarani Kaiowá (1.294).

Quilombolas no Paraná

O Censo Demográfico de 2010 não colheu informações sobre as localidades quilombolas no país, portanto, o estudo do IBGE traz apenas as estimativas para 2020, já que os dados foram colhidos em 2019 para serem confirmados com a realização do Censo em 2020. A estimativa para este ano é que haja no Paraná 86 localidades quilombolas. Dessas, sete pertencem a territórios quilombolas oficialmente delimitados e definidos em setores censitários, trinta pertencem a agrupamentos quilombolas definidos em setores censitários e 49 fazem partem de outras localidades quilombolas.

Os municípios do Paraná cujas estimativas apontam para os maiores números de localidades quilombolas são: Adrianópolis, com 17 localidades, Candói, que contabilizaria dez localidades e Guaraqueçaba, que teria cinco localidades quilombolas.

O planejamento do censo demográfico de 2020 inseriu em suas etapas de testes uma inovação referente à investigação de pertencimento étnico-racial da população quilombola, domiciliada em áreas pré-cadastradas pelo IBGE, através de uma pergunta: “Se considera quilombola?”. Essa pergunta permitirá ao IBGE fornecer estatísticas oficiais sobre a população quilombola a partir do Censo Demográfico 2020.

Segundo Fernando Damasco, essa é a primeira estimativa de dados quilombolas produzida pelo IBGE. “Como o Instituto nunca divulgou informações sobre essa população, os dados apresentados estão em fase de consolidação e, portanto, sujeitos a revisões até o próximo Censo, em 2021, quando poderão ser confirmados”, destacou.

IBGE contra a Covid-19

Além dessas informações sobre indígenas e quilombolas, o IBGE já disponibilizou diversos resultados de pesquisas, que podem ser cruzados e contribuir com o combate à pandemia causada pelo novo coronavírus. O hotsite, lançado na última semana, reúne os dados, além de informações sobre parcerias com outros órgãos públicos, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e as mudanças nas rotinas e projetos do Instituto durante o período de distanciamento social.

 

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Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | IBGE

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